Cinqüenta Centavos
O polêmico projeto de lei que altera o Plano de Carreira do magistério municipal foi enterrado com casca e tudo na Câmara de Vereadores essa semana, inclusive com o apoio de parte da base do prefeito Léo Girardello, como o presidente do PP, vereador Renato Rosso, e do ex-líder do governo, vereador pepista Eto Vargas. No texto original, a Prefeitura iria dar o reajuste da Lei Nacional do Piso do Magistério apenas para os que ganham menos, não impactando diretamente na remuneração os professores dos níveis mais altos. Conforme a manifestação da presidente do SIPROMUSS, Rozangela Aires, a diferença na classe B, C POR exemplo, se ocorresse a aprovação do projeto de lei, seria de apenas R$ 0,47, algo que contraria o atual Plano de Carreira.
Impacto
Nas contas da Secretaria da Fazenda, se aplicar o reajuste de 12,84% indicado na legislação para todos os níveis do magistério, o peso da folha de pagamento no orçamento da Prefeitura aumentaria acima do que o Executivo consegue pagar.
Afogadilho
A principal reclamação do SIPROMUSS é que os projetos que impactam a remuneração dos professores chegam, em geral, sempre de afogadilho na Câmara de Vereadores. Os políticos mais experientes entendem que isso é para que a matéria seja aprovada sem grandes discussões. A proposta da Prefeitura que foi votada na quarta-feira de manhã chegou para análise dos professores apenas na segunda-feira à tarde.
Fiel
O vereador Humberto Stoduto, do PP, teve uma posição firme em defesa do projeto elaborado pela Prefeitura que reajustaria o salário dos professores municipais. Embora a pressão do magistério pela reprovação rotunda de toda a matéria, Humberto manteve-se firme ao cálculo do Executivo que indica a inviabilidade orçamentária da reposição e foi o único vereador que não abandonou a proposta original da Prefeitura. Na leitura de Humberto, reprovar o reajuste que a Prefeitura pode pagar é abrir margem para a instabilidade financeira, que pode gerar problemas inclusive no pagamento da folha do magistério no futuro.
Pulou do barco
Embora tenha criticado a forma de pressão que o magistério faz nos vereadores pela reprovação do Projeto de Lei que minimizaria o impacto financeiro do reajuste dos salários dos professores, o presidente do PP, vereador Renato Rosso, não aguentou a possível incompatibilidade com o magistério e resolveu votar contra o projeto elaborado pela própria Prefeitura.
Entristecida
A presidente do SIPROMUSS, professora Rozangela Aires, em entrevista à Radio Cotrisel, revelou estar entristecida com a forma que foi tratada pelo Executivo Municipal quando tentou conversar sobre assuntos relativos ao magistério municipal. A reunião referida na manifestação aconteceu na terça-feira passada e contou com a presença do secretário da Fazenda Jonas Lopes.
Conversando
Na busca de convergir interesses de partidos e militantes políticos na próxima eleição, o PSB, do vereador Paulinho Nunes, está preparando uma rodada de conversas com o objetivo de criar uma boa nominata de vereadores e uma chapa competitiva para disputa majoritária. Quem age nos bastidores e costura o diálogo é o competente assessor pessebista Claudiocir Ferreira.
Ganhou no grito
Por falar em Claudiocir Ferreira, a relação política entre membros do PSB e o secretário de Obras Janir Machado não anda muito amistosa. Pelo menos é o que se tira dos bate-bocas protagonizado por Claudiocir e Janir no Facebook. Depois de inúmeras tentativas formais de buscar o atendimento da manutenção da estrada do Barrondão pela Secretaria de Obras, o vereador Paulo Nunes, do PSB, quis cutucar o secretário pelas redes sociais. Claudiocir saiu comentando na postagem, respondendo as críticas que o Executivo faz aos vereadores. Entre mortos e feridos, a intenção do PSB de chamar a atenção para o problema deu certo e a Prefeitura foi arrumar a estrada. Infelizmente, sem a divulgação de um planejamento claro do trabalho das equipes das Obras, só gritando alto é que se consegue que a Prefeitura faça sua obrigação.
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