Morreu na manhã desta quarta-feira em Porto Alegre o sepeense Índio Brum Vargas aos 94 anos. Jornalista, escritor e advogado, foi também vereador na capital gaúcha. Formado pela UFRGS em jornalismo, entrou para a política muito jovem. Militou pelo PTB participando da Campanha da Legalidade, em 1960, e trabalhando pela reforma agrária no governo João Goulart. Com o golpe de 1964, voltou à resistência.
Eleito vereador de Porto Alegre em 1969, com mais de sete mil votos, fez apenas dois discursos, um deles o aparte que gerou sua cassação. No aparte, ele elogiou a rejeição, pela Casa, ao título de Cidadão Emérito ao então general-presidente Artur da Costa e Silva. Foi preso, torturado e condenado pelo regime militar. Os anos passados na Ilha do Presídio, os choques elétricos sofridos e a tentativa de fuga são contados em seu livro Guerra é guerra, dizia o torturador. Índio e atualmente estava vinculado ao PDT.
Em 2011 foi homenageado na Câmara de Vereadores de São Sepé com a Medalha Sepé Tiaraju, pelos relevantes serviços prestados ao país.
Câmara de Vereadores de São Sepé
Mateus Friedrich Barreto/Jornalista
MTB/MT: 0002019
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