A guerra está perdida, resta apenas contabilizar os mortos. Foi mais ou menos desta forma que um Ex-Ministro da saúde se manifestou na imprensa a pouco mais de uma década. Ele comentava a realidade daquela época em relação à mortandade no trânsito. Naquela época, as autoridades de saúde afirmavam que dificilmente o Brasil teria condições de suportar os gastos de internamento e tratamentos alongados com pacientes vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. “O grande problema são os tratamentos contínuos para as vítimas pelo restante de suas existências”.
Não existe magia ou milagre que resolva esse problema. Se continuar desta forma, o SUS vai entrar em colapso. Os acidentes de trânsito estão aumentando a cada semestre por razões bem identificadas, ou seja: 1- Não adianta só mudar a legislação de trânsito. 2- Os investimentos em políticas públicas, como engenharia de tráfego, melhor sinalização de vias, campanhas educativas em estabelecimentos de ensinos, inclusive em universidades e principalmente a permanente fiscalização do trânsito para retirar de circulação os maus condutores. 3- As novas tecnologias que surgiram para impulsionar o progresso de forma geral, em questões de segurança de trânsito, os aparelhos de celulares configuram com toda a certeza, como sendo o maior mal causador de acidentes graves no trânsito. Nem o alcoolismo é tão grave neste momento, quanto o uso de aparelhos celulares ao volante.
O grande problema é que: “Ninguém admite ao ser abordado pela polícia, que é mau condutor, usa o celular dirigindo ou que ingere bebida alcoólica ao volante” e, mais do que isto, depois dessa pesquisa realizada pela Associação Brasileira de defesa do consumidor, que certificou o alto índice de álcool em dez marcas de pães, entre eles, as marcas pulmann, Visconti e bauduco, com 0,33% de teor alcoólico, tem condutores carregando sacolas de pães para tentar burlar o teste do bafômetro. (Esse é o problema do Brasil)
Quanto aos acidentes, o Paraná lidera a Região Sul com um aumento de 7% em mortes de trânsito neste primeiro semestre de 2024. As ocorrências mais graves são de ultrapassagem em local proibido, no ano de 2023 somaram 5.553 e neste primeiro semestre 6.808 graves acidentes. Excesso de velocidade, 50.690 infrações no ano passado e neste período 56.211. Colisão transversal, eram 296 em 2023 e agora já foram registradas 279 ocorrências neste primeiro semestre. Estes são tipos mortais no trânsito, aqui no nosso Município, na Br. 392, tivemos o registro desse tipo transversal contra uma carreta, imaginem a gravidade.
Por fim, as próprias autoridades de trânsito e de saúde já estão admitindo, “que nesta guerra” estamos perdendo e o sofrimento para os familiares destas vítimas é de extrema dor.
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