A Cotrisel se mantém como a 7ª maior indústria beneficiadora de arroz do Rio Grande do Sul, a maior entre as cooperativas, conforme a lista das 50 maiores divulgada pelo Irga nesta quinta-feira, 23 de maio.
O ranking é determinado a partir da Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO) recolhida em 2018, e realizado pela Seção de Política Setorial do Irga. O levantamento também revela o número de unidades ativas das indústrias, a produção em sacos de 50 quilos, em toneladas, o percentual de participação no mercado de beneficiamento de cada empresa e o percentual acumulado.
Enquanto comemora a permanência da cooperativa entre as dez maiores, o presidente da Cotrisel, José Paulo Salerno, faz uma reflexão:
“Há alguns anos, a Cotrisel tem se mantido na 7ª posição entre as maiores beneficiadoras de arroz do Rio Grande do Sul e, até então, não existia outra cooperativa entre as dez maiores. Este ano, felizmente, nós temos a companhia da CAAL, na 10ª posição.
Para nós, é motivo de orgulho fazer parte desse grupo seleto, mas também de responsabilidade, pois vemos como é difícil as cooperativas se manterem em um processo de beneficiamento de um produto que tem baixo valor agregado. Dá a impressão que o arroz beneficiado tem um enorme valor agregado, mas isso não é verdade.
Para o produtor, o preço do arroz é ruim; para a cooperativa, o valor agregado no descascado também não é muito bom, tanto que temos menos de dez cooperativas no ranking estadual das 50 maiores beneficiadoras. Enquanto isso, se pensarmos em soja, essa é uma realidade completamente diferente: o setor cooperativo trabalha entre 45% e 50% da soja do Rio Grande do Sul. Então nós temos grandes cooperativas entre os maiores recebedores de soja do estado.
Esse contexto faz com que a gente tenha a responsabilidade e o tamanho de representar a classe das cooperativas e os produtores associados dentro desse processo. A Cotrisel segue investindo, aumentando a sua área de atuação, comprando produto em toda sua região e recebendo o produto dos produtores.
Conforme as movimentações do mercado, a Cotrisel recebe, beneficia e exporta; ou recebe, beneficia e vende no mercado interno. O preço melhora conforme o mercado vai flutuando, e é importante que os produtores saibam que a cooperativa não manda no preço do arroz, mas que ela tem uma visão de ter um balizador, e esse balizador médio na região central do estado é que faz com que o preço do arroz, às vezes, se mantenha em níveis mais altos que em outras regiões. Se não tivéssemos cooperativas entre as dez maiores beneficiadoras do estado, talvez nós teríamos um preço médio menor do que temos hoje. Então a cooperativa não manda no preço, mas acaba sendo um balizador do preço médio para cima, com certeza, visto o preço praticado em regiões onde não se têm cooperativas de arroz”.
Confira o ranking completo: https://irga-admin.rs.gov.br/upload/arquivos/201905/24090618-ranking-benf-2018-50-maiores.pdf
Com informações do Irga.
Cotrisel.com.br
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