A Comissão do Arroz da Farsul realizou sua segunda reunião, nesta segunda-feira (1/7), após o processo de reinstalação. O encontro aconteceu em São Sepé, sendo o primeiro fora da sede da Federação, e contou com a presença do presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira. O debate girou em torno do atual quadro da cultura e as definições dos principais temas a serem tratados neste ano.
Na primeira reunião foi utilizada a análise SWOT, onde são apontadas as principais ameaças, fraquezas, forças e oportunidades. A partir da listagem, foram definidos os três principais assuntos de cada item que serão trabalhados nos próximos encontros. Gedeão Pereira, ao analisar a relação completa comentou sobre os itens. Ele deu especial atenção ao Mercosul e suas assimetrias e o acordo com a União Europeia. “Tenho a esperança que o acordo possa fazer o Mercosul começar, efetivamente, a trabalhar em bloco, hoje não somos um, mas quatro países”, afirma.
A questão tributária, para o presidente, também merece atenção, “Precisamos que o Mercosul aconteça em todos os sentidos e para isso precisamos equilíbrio tarifas”, comenta. Ele anunciou que o grupo Farm, formado pelas associações rurais do Mercosul , pretende promover a liberdade de negociação entre os países, iniciando pelo gado em pé.
Gedeão destacou o trabalho que vem sendo feito na integração entre as áreas do Sistema Farsul e citou o trabalho da Comissão do Meio Ambiente que tem resultado direto para a lavoura arrozeira como exemplo. “As ações da Comissão e a presença nos comitês de bacias pelo estado tem colaborado muito no trabalho dos arrozeiros”, lembra.
O coordenador da Comissão do Arroz, Francisco Schardong, ressalta que os encontros pelo estado faziam parte da estratégia de reformulação. “Quando da reinstalação, uma das metas era levar os encontros para o interior, principalmente para áreas onde o arroz é uma cultura tradicional. É o caso de São Sepé que é o centro de região com orizicultura forte”, comenta.
Ao longo da reunião, os representantes dos sindicatos relataram a situação da cultura em suas regiões. O quadro de crise é preocupante. “O arroz vive um momento delicado, ele precisa de carinho. Vem de uma crise de mais de 15 anos por isso é importante o trabalho dessa Comissão” avalia Schardong. Ele destaca a postura da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que demonstra conhecimento e preocupação com o atual cenário. “Esse novo momento das Comissões, a integração com a ministra e a maneira como está sendo vista a lavoura de arroz parece que finalmente os órgãos que tem a caneta de decidir começaram a ficar preocupados”, concluiu o dirigente.
Fonte: Imprensa Sistema Farsul
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