Rodovia Estadual RST 625 – Negligências e perigos nem sempre a vista

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Recentemente, ocorreram dois acidentes na qual foram envolvidos dois moradores das Minas do Camaquã. Ambos os fatos ocorreram na Rodovia Estadual RST 625, estrada que liga Minas do Camaquã ao Município de Santana da Boa Vista. Esta Rodovia constantemente se encontra em péssimo estado de conservação, à qual sofre danos à cada nova chuva forte que caia sobre a mesma.

Mas, o que impressiona é o descaso promovido pelo DAER, que é o órgão estadual responsável pela manutenção desta Rodovia. Recentemente duas pontes apresentaram problemas em suas cabeceiras, onde decorrente das fortes chuvas, ocorreu um processo de erosão onde a terra destas cabeceiras, foram em parte levadas pela força das águas. Notificado o Daer, o órgão compareceu nos locais e fez um serviço “Meia Boca”, onde recolocou uma carga de cascalho e preencheu os buracos na entrada das duas pontes.

As sobras de material (cascalho) ficaram depositadas exatamente ao lado dos locais afetados, possivelmente para serem usados novamente, em caso de reincidência dos danos ocorridos. Acontece que, este material passou a ocupar parte considerável da via, exatamente na entrada da ponte, acarretando um estreitamento na mesma. Em ambas as pontes no sentido Minas do Camaquã/Santana da Boa Vista, são seguidas de curvas acentuadas, as quais obrigam os motoristas a usarem luz baixa, principalmente quando se deparam com um veículo vindo em sentido contrário, obrigando os condutores a invadir a pista contrária.

Noite escura, pedras soltas na via, um monte de cascalho depositado na entrada da ponte, igualmente escuro, cabeceira de ponte mal sinalizada e uma luz de veículo vindo no sentido contrário, são ingredientes perfeitos para um acidente. Principalmente com motos, cujo farol único com luz baixa, prejudica sobremaneira a visão dos condutores. Neste contexto, MATEUS FAGUNDES e LUIS INÁCIO BIAGINI se envolveram em acidentes recentemente, exatamente nestes locais mencionados. O primeiro teve escoriações pelo corpo e danos na moto, já o segundo teve fratura exposta em um dos braços, escoriações pelo corpo e danos severos em sua moto.

A pergunta que insiste em nos acompanhar é, até quando vai persistir esta situação na rodovia, únicos acessos para quem sai das Minas do Camaquã, via Caçapava do Sul ou Santana da Boa Vista. Nem falo da má conservação da via, da qual já nos acostumamos. Mas das situações que são agravadas pela instituição que pelo menos em tese, deveria zelar pela segurança dos usuários e ao contrário, presta desserviços através de serviços inacabados e de péssima qualidade. Rodovia que diga-se de passagem, em duas oportunidades pelo menos no papel foi asfaltada e, inclusive nos mapas recentes do próprio DAER, constava como via Asfaltada.

Os asfaltamentos fictícios se deram nos governos de ALCEU COLARES (PDT), na década de 1980, quando a estrada foi alargada, nivelada e as pontes com capacidade de 60 toneladas, própria das vias asfaltadas, são provas disto. Mas quando chegou a hora da via receber o asfalto, o dinheiro sumiu e a via foi dada por asfaltada. Em outra oportunidade, no Governo de OLÍVIO DUTRA (PT), que apesar do edital, a estrada sequer foi alvo de patrolamento e o asfalto mais uma vez ficou somente na conversa. Quantos aos recursos que seriam destinados à suposta obra, dele não se tem notícias. lamentavelmente.

EM TEMPO: O Mapa da malha rodoviária estadual do DAER, em sua última atualização (2015), alterou a categoria da rodovia RST 625, retornando a mesma para o status de “Não Asfaltada”.

 

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