A crise energética e São Sepé: é preciso uma escolha

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Havia algum tempo que não ouvíamos falar das crises decorrentes da falta de chuva, reservatórios em situação precária e o iminente risco de um apagão energético. Mas com um pequeno esforço, as manchetes voltam à nossa memória. E relembramos: não é um problema recente. É um problema crônico para o qual ainda não foi implementada uma solução.

Ouso dizer que não foi implementada alguma solução por falta de vontade política. Soluções existem. Dezenas já foram propostas: umas mais radicais, outras menos. Talvez tenha faltado coragem. Talvez não tenha havido interesse. Talvez os interesses fossem outros que não garantir energia para todos. Talvez alguém lucrasse com a escassez hídrica…

Mas certo é que o mundo vive uma emergência climática. E não há mais tempo para outros interesses que não aqueles que conciliem desenvolvimento e cuidado ambiental. Por isso decretei EMERGÊNCIA CLIMÁTICA em São Sepé, e deste decreto surgirão outras dezenas de ações que têm como meta, garantir que uma das mais queridas cidades do nosso Rio Grande seja exemplo para o mundo como modelo de enfrentamento aos combustíveis fósseis e fomento às energias renováveis.

O resultado desta ação não será vivido por mim. Mas pelas próximas gerações. E foi por pensar nas próximas gerações que eu entendi que era preciso ouvir os “pirralhos” que gritam o óbvio há anos, e deveria agir agora. Décadas atuando como homem público me fizeram entender que, entre a coragem de fazer o que precisa ser feito e a livre escolha de deixar para o próximo gestor fazer, o certo é fazer o que precisa ser feito.

Que os líderes do G7 entendam isso e que tirem do mundo das ideias e acordos em papel o recado que deram há poucos dias: cessem a exploração do carvão, porque é a energia mais suja do mundo, e invistam pesado na transição energética. Se São Sepé é capaz, todos são capazes.

João Luiz Vargas, Prefeito de São Sepé.

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