A posse da nova diretoria executiva da seccional gaúcha do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (SINAENCO), que aconteceu na noite desta segunda-feira, dia 15, na Sociedade Libanesa, foi de exposição de projetos do sindicato e de cobrança do Poder Público. O engenheiro sepeense Eduardo Vargas tomou posse como vice-presidente da entidade.
Com a participação das principais empresas do setor, o SINAENCO vai pautar as próximas no aperfeiçoamento da aplicação da nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei nº 14.133/2021) e a disseminação do Building Information Modelling (BIM) na área pública.
Eleito para comandar o SINAENCO no biênio 2024/2025, o engenheiro Wolney Moreira da Costa apresentou a preocupação em desprestigiar a consultoria técnica na conjuntura de contratações por parte de governos e empresas privadas. “O TCU apresentou acórdão em 2019 registrando 14.403 obras paradas no Brasil, e 47% dos casos são por conta de contratações com base em projeto básico deficiente. Diferente do que o senso comum pensa, a aceleração do cronograma de um projeto não impacta em uma maior rapidez na execução da obra e muito menos a tão buscada aceleração do crescimento nacional. O que vai fazer o Brasil desenvolver é apostar em bons projetos, com preço justo, que remunere arquitetos e engenheiros, e com prazo adequado para apresentação dos estudos. Ao longo dos últimos anos, fomos atropelados por licitações de menor preço e pregão, que estimulam o desconto excessivo e aventuras. Foi isso que fez o sistema da construção civil parar”, argumentou Costa.
Outro objetivo, conforme o vice-presidente, é levar o SINAENCO para a discussão dos planos de investimentos dos governos. “A gente vê muito plano bonito no papel, mas sem nenhuma viabilidade técnica de ser executado. Isso frusta a sociedade. O SINAENCO pode ser um parceiro do Poder Público no desenho das políticas públicas de investimento a curto, médio e longo prazo”, concluiu Eduardo Vargas.
O SINAENCO impacta nas atividades de mais de nove mil empresas no Rio Grande do Sul, através de negociações coletivas com sindicatos de trabalhadores. No Brasil, a base de abrangência do SINAENCO é de cerca de cem mil empresas.
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