Empresas de consultorias afirmam que mais de 200 mil veículos foram afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Grande parte destes veículos estão sendo indenizados pelas seguradoras e posteriormente levados aos leilões. Os valores são bem atraentes e variam de 45 à 60% do valor da tabela da Fipe. As empresas de consultorias estimam que mais de cinco mil veículos sejam leiloados através dos pregões eletrônicos. Em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre, existe um depósito com mais de seis mil veículos recolhidos dessas áreas de alagamentos. Cerca de 120 veículos já foram levados ao pregão e 111 foram arrematados. Tem veículo sendo vendido ou leiloado por 50% do valor venal.
Os compradores estão “se botando”, até mesmo, porque muitas revendedoras pretendem recuperá-los e repassar adiante com um bom faturamento. Isso aí é o chamado negócio de risco, semelhante a “Quina de São João”. Neste caso, as revendas correm um sério risco, assim como, posteriormente os compradores destes carros.
A leiloeira, Liliamar Gomes, foi quem coordenou o primeiro leilão de veículos danificados pelas enchentes do Rio Grande do Sul. O pregão é realizado em um auditório e transmitido pela Internet, permitindo que todos os interessados do Brasil participem. Ela explica que os carros vendidos são higienizados, para alguns modelos e anos, são trocados óleos de motores e feitos outros procedimentos de melhorias, mas que pela legislação o que arremata sabe que o produto segue nas condições em que se encontra.
Veja bem essa situação: O que arremata, principalmente pela Internet, não tem como examinar o produto e depois é tarde para reclamar. É aquela situação, compra ensacada, “gato por lebre”, depois vem a surpresa. Estamos falando em termos de cuidados na hora da compra, o que não quer dizer que todos os casos sejam assim. O recomendado é fazer uma prévia visita com um profissional e examinar antes dos leilões os veículos interessados.
Possivelmente, em mais trinta ou sessenta dias, grande parte desses veículos atingidos pelas enchentes, já estejam sendo colocados à venda em muitas revendedoras no RS e no Brasil. As recomendações dos especialistas são as seguintes: I – A primeira recomendação é avaliar cuidadosamente o histórico e a procedência do veículo oferecido. II – Conferir se esse veículo já passou por outra situação ou sinistro anterior. III – Verificar cuidadosamente os mínimos detalhes como, manchas decorrentes da permanência sob a água da enchente, resíduos de areias em dobras de forrações ou na própria lataria e peças internas do veículo, cheiro de mofos, inicio de ferrugem ou corrosão, além de outros mais preocupantes que são as partes mecânicas e elétricas. O valor do veículo oferecido já poderá dar algum indício da origem.
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