A solidariedade tomou conta da nossa cidade durante os dias que vivemos situação de emergência em função da enchente que atingiu São Sepé. Diversos setores da sociedade civil se organizaram para levar doações a quem mais precisou no momento difícil quando as fortes chuvas atingiam o município.
Na alimentação não seria diferente. Afinal de contas, quem tinha fome, tinha pressa. E muita pressa. No momento mais crucial das chuvas, uma cozinha comunitária ganhou força nas dependências da AABB, na manhã de quarta-feira, (01/05). Voluntários organizados primeiramente pela equipe de cozinheiras e servidores da Secretaria de Educação e Escritório de Cidadania se uniram para entregar comida para quem perdeu tudo nos bairros afetados e para quem estava atuando na linha de frente.
A ajuda na cozinha chegou de formas distintas, por meio de utensílios domésticos, carros para o transporte das marmitas, pessoas que fizeram as compras e centenas de sepeenses auxiliaram com a doação de ingredientes. Quem se voluntariou naquele momento colocou a mão na massa para produzir cerca de 500 marmitas no primeiro dia de auxílio aos desalojados. Nesta semana, a SMED e Cidadania divulgaram os dados da cozinha comunitária que entre os dias 1º e 05 de maio, atendeu 250 pessoas nos bairros São Cristóvão, Cristo Rei e Schirmer e as famílias vulneráveis atingidas pelas fortes chuvas em locais como Pontes e Londero. A cozinha produziu, diariamente, café da manhã (250), almoço (250) e janta (250) nestes primeiros cinco dias, totalizando cerca de 4 mil refeições diárias. Um fluxo de cozinha de restaurante em que só o trabalho em equipe foi capaz de vencer a enorme demanda.
De 06 a 10 de maio, uma força tarefa de voluntários organizou a cozinha no CTG Ronda Crioula. As doações seguiram sendo feitas pela comunidade e também pelas pessoas envolvidas no preparo das marmitas. Neste período, a cozinha comunitária serviu 150 marmitas nos primeiros dias de atendimento, finalizando com 75 pessoas atendidas, no almoço e na janta, ao final da segunda semana com cerca de mais 2250 refeições distribuídas. No montante, foram entregues, aproximadamente, 6250 refeições, nutrindo as famílias desalojadas ou atingidas pela cheia do rio São Sepé.
No final, este trabalho de ajuda ao próximo, só foi possível graças à força dos voluntários que se somaram durante os 10 dias de cozinha comunitária, por meio de doações de alimentos e também com a mão de obra: Paróquia Nossa Senhora das Mercês, Assembleia de Deus, Comunidade Luterana, Igreja Remir, equipe das cozinheiras do Restaurante Cotrisel, Rosaura Brum e Lucélia Becker, Grupo Feminino do Padel, CTG Os Maragatos, Clube do Truco, Rotary Club, Defensoria Pública, através do defensor Felipe Farias e Judiciário com juíza Lidiane Machado, Inspetoria Veterinária, Fundação Afif e Grupo Folclórico Calhandra. O que se viu foi o poder e a valorização da coletividade.
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