MORTES VIOLENTAS NO TRÂNSITO
O Dia dos Pais, que deveria ser uma data de confraternização e de alegria para todos, acaba para muitas famílias em tristeza e mortes de entes queridos. As duas datas de maior número de acidentes com mortes no Rio Grande do Sul, é o Dia dos Pais e o Dia das Mães. Só no ano passado, foram 32 mortos em rodovias do RS no Dia dos Pais. Este ano o número reduziu para 19 mortos, o que ainda é preocupante. Desde o ano de 2012, a data, naquele ano foram 33 mortos em um único final de semana, essa média continua. Mesmo assim, ainda perde para o Dia das Mães em número de mortes violentas no trânsito.
Por quê tantos acidentes nestas datas?
A explicação das autoridades, é que são as datas de maior deslocamento de pessoas e de veículos para as tradicionais visitas aos familiares. Com isso, embora o esforço redobrado dos órgãos de trânsito e de fiscalização das polícias, ainda são insuficientes para evitar a grande mortandade nas rodovias. Temos aí programas como o “Viagem Segura” do Detran em parceria com as polícias, mas mesmo assim, ainda ocorre um exagerado número de acidentes, ocasionados por motoristas irresponsáveis que provocam acidentes, principalmente bêbados ou sob efeito de drogas. Excesso de velocidade e ultrapassagem em local proibido é o que mais provoca acidentes com mortes. O uso de aparelho celular também vem despontando como uma das principais causas de acidentes graves nas rodovias.
Outro fator relevante também é a “certeza da impunidade”, a maioria dos crimes de trânsito são classificados como culposos, entre eles, os homicídios, que acabam sem punição ou, no máximo, submetidos às transações processuais substituindo as penas por prestação de serviços à comunidade ou até pagamento de cestas básicas de alimentos para algumas entidades, “em suáveis prestações”, que é o valor máximo de uma vida perdida no trânsito. Precisamos de leis mais severas para o trânsito.
Por fim: é difícil acreditar que uma cidade como São Sepé, fique sem prestação de serviços de transporte coletivo. Tudo isso, porque o Plano de Mobilidade Urbana, aprovado pelo Legislativo, não saiu das gavetas. A comunidade que pagará o “pato”, especialmente os pobres que não têm veículo próprio.
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