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O CENÁRIO DO ARROZ EM SÃO SEPÉ: UMA ENTREVISTA COM GIOVANE MACHADO, VICE-PRESIDENTE DO SINDICATO RURAL, E, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE ARROZEIROS DO MUNICÍPIO

Bom dia, amigos e amigas. Hoje, aqui na coluna, vamos abordar um tema que vem ganhando, a cada dia, mais destaque: as lavouras de arroz. A data em que abordaremos esse tema, não poderia ser mais propícia, afinal, estamos perto da 28ª edição da Abertura Oficial da Colheita de Arroz, que, neste ano, acontece entre os dias 21 e 23 de fevereiro, na a Estação Experimental do Arroz, do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), em Cachoeirinha (RS).  Bom dia, amigos e amigas. Hoje, aqui na coluna, vamos abordar um tema que vem ganhando, a cada dia, mais destaque: as lavouras de arroz. A data em que abordaremos esse tema, não poderia ser mais propícia, afinal, estamos perto da 28ª edição da Abertura Oficial da Colheita de Arroz, que, neste ano, acontece entre os dias 21 e 23 de fevereiro, na a Estação Experimental do Arroz, do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), em Cachoeirinha (RS). Para tanto, recebemos hoje, como convidado, o vice-presidente do Sindicato Rural de São Sepé e também presidente da Associação de Arrozeiros de São Sepé, Giovane Machado. Em um bate-papo bastante explicativo, ele nos conta um pouco mais sobre o atual cenário do arroz. Boa leitura!Nosso entrevistado começa, comentando mais sobre como estão, hoje em dia, as lavouras de arroz em São Sepé. “No que se refere a situação das lavouras em si, teve um atraso no plantio ocasionado por questões climáticas, atraso este, que poderá causar uma queda de produtividade, e posterior a implantação da lavoura tivemos uma estiagem, onde em alguns casos tiveram produtores que ficaram com dificuldade de disponibilidade de água para irrigação, tudo isto conciliado com as dificuldades que a cultura do arroz vem enfrentando, é extremamente preocupante”, disse.Também, Giovane Machado aborda, a seguir, sobre sua opinião com relação ao avanço e evolução da cultura arrozeira ao longo dos anos. “Lamentavelmente a lavoura arrozeira com o passar dos anos vem passando por grandes dificuldades, uma vez que o produtor está cada vez mais descapitalizado em função de vários fatores como aviltamento de preço, falta de uma política agrícola séria que garanta renda ao produtor, alto custo de produção, concorrência desleal de países do Mercosul, fatores estes que ocasionam um maior endividamento do setor”, salientou.Ainda, nosso convidado explica se o produtor está ou não recebendo e tendo o retorno justo e esperado. “Não, uma vez que temos dados divulgados por órgãos oficiais que indicam que o custo médio do saco de arroz no Estado do Rio Grande do Sul gira em torno de R$45,00, e o preço pago ao produtor hoje não passa de R$35,00”, explicou ele, que, também, detalhou sobre a área dedicada ao arroz, atualmente, no município: “A área plantada de arroz hoje em São Sepé é aproximadamente 17.500 hectares”.Giovane explana, também, com relação a produtividade e benefício ao trabalhar com a cultura do arroz. “Fica difícil falar em benefício de plantar arroz com o momento que vive esta cultura, por que sempre tivemos como principal benefício a segurança de produção em função de ser uma cultura irrigada, porém, com o aumento excessivo do custo de produção e a baixa remuneração acaba não sendo o suficiente esta segurança produtiva”, comentou nosso entrevistado que ainda completou, abordando sobre as dificuldades enfrentadas: “Sim, como todo o tipo de plantação, tem grandes dificuldades climáticas desde a implantação, passando por todas as etapas precisando usar corretamente fertilizantes, defensivos em função do ataque de insetos, ervas invasoras, doenças e outros tipos de adversidades, uma vez que a lavoura é uma empresa a céu aberto”.Sobre a organização para a colheita, Giovane comenta mais detalhes. “A grande dificuldade de organização na colheita é que o arroz é uma cultura em que é colhida em uma mesma época, e uma vez que grande parte dos produtores encontra-se descapitalizado, acaba financiando o custeio da lavoura para pagamento na mesma época, assim tendo que ofertar um maior volume do produto logo após a colheita, assim, ocasionando queda de preço, se houvesse seriedade em se cumprir política pública, haveriam vários mecanismos governamentais de garantia de um preço justo ao produtor, regulando a oferta no mercado tanto do produto interno, mas principalmente o arroz proveniente de outros países do Mercosul”, explicou.Ao final do bate-papo, nosso convidado deixa uma mensagem aos leitores. “Gostaria de pedir a todos que não tem interação direta com a produção de arroz que reflitam, e tentem informar-se a respeito da realidade do campo, atentem para a economia do nosso município e região, este setor gera muitos empregos diretos e indiretos, garantindo renda para muitas famílias uma vez que abastece grande empresas beneficiadoras,  movimenta o setor de transporte, setor de fertilizantes, defensivos agrícolas, e principalmente produzindo um dos alimentos mais presentes na mesa dos brasileiros”, finalizou.

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