Opinião – Por Maurício Eckert
Acadêmico do curso de direito da Faculdade de Direito de Santa Maria – Fadisma
Santo Agostinho, o insigne filósofo cartaginês, já diria, há muito tempo atrás, que, paz, nada mais é, do que, “tranqüilidade na ordem”. Pois bem, o conceito de paz vem sendo estudado, e mais do que isso, estruturado ao longo dos anos, com o intuito de enaltecer e dar força a expressão que busca, em suma, a calmaria e união entre povos.
Vejamos. Paz não é, apenas e somente, a ausência de guerras e a extinção da violência. Paz é, logo, harmonia, tolerância e, mais ainda, compreensão. Somos breves, temos uma vida humana que não comporta tempo para brigas e desafetos. Ao menos, é o que deve-se haver em pensamento: a prevalência de um amor entre todos os povos e culturas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em 1945, e, desde então, é uma atitude de união entre pessoas, países e uma forte e boa aliada na promoção da paz e das causas humanitárias. Exemplo disso, são as inúmeras vezes em que é chamada para a conservação da paz e da harmonia, evitando assim, que guerras e conflitos se perpetuem.
A própria ONU é dotada de um Conselho de Segurança, que busca um diálogo aberto e de negociação entre causas as quais é solicitado que faça a intermediação. Uma busca, a todo o tempo, de paz prolongada e imediata. Tanto é que, a primeira operação de paz da organização, foi estabelecida em 1948, época em que, o referido conselho, autorizou a preparação e envio de militares da própria ONU, para o oriente médio.
As operações de paz vem atuando, cada vez mais, em conflitos intranacionais e guerras civis, mesmo que a força militar siga como suporte de grande parte das atuações. Aqui, agora, um dado importante, emitido pela própria ONU: “Existem cerca de 110 mil pessoas servindo em vinte operações de paz lideradas pelo Departamento de Operações de Manutenção da Paz das Nações Unidas (DPKO) nos quatro continentes, em doze fusos horários diferentes, impactando diretamente a vida de centenas de milhares de pessoas”.
Vamos, a seguir, a uma breve análise. São mais de cem mil pessoas trabalhando, todo o dia, em busca da resolução de paz, em busca permanente por um mundo mais humano, fraterno e, acima de tudo, com continuidade da paz, ou seja, uma paz ampliada e duradoura.
Logo, se houvesse mais prevalência de amor entre povos e culturas (onde começamos essa conversa), todas essas mais de cem mil pessoas, poderiam estar em família, nas suas casas, e, mesmo assim, cada um em seu lugar geográfico, buscando alternativas comunitárias de paz e ordem.
Uma coisa é certa, a busca pela paz é algo a ser amplamente debatido. Mas, mais ainda, é algo que precisa acontecer, na prática. Somente quando os povos tiverem uma união, a paz pode começar a brotar, brotar como uma flor num jardim. Esse é o impacto da paz. Guerra e violência são como um pântano. E não há como comparar algo tão lindo, como flor, a um pântano. O motivo é claro: flores são vida, são calma, são paz. Os pântanos, no entanto, estão podres.
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