Eu, o incendiário
Um dos culpados pelo incêndio do Museu Nacional, esta semana, sou eu. O degas aqui nunca foi lá, nunca reclamou pelo descaso do Poder Público com sua estrutura, nem sequer postou na internet a indignação. Preferi tomar chope nos barzinhos da Lapa. A culpa também é de quem viu silente a aprovação do teto para gastos com saúde, educação e cultura, travestida de um valor moral imprescindível nos governos, que é a sanidade fiscal. Agora, depois do leite derramado, eu fico triste como todo mundo. Torço que no futuro meus filhos me perdoem por estar tombando quieto frente aos bicudos tempos que vivemos. Além de tudo, a ironia é trágica: na Semana da Pátria foram destruídos pelo fogo os arquivos da Independência.
Golpe no PP gaúcho
A saída de Ana Amélia Lemos do cenário gaúcho, concorrendo a vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin, foi um balde de água fria no PP. Luis Carlos Heinze, que sempre combateu a corrupção e se considera um político diferente, teve que se abraçar com gente do PSDB e PTB que – volta e meia – é alvo de suas críticas pelo fisiologismo. Heinze lançou-se a uma aventura como candidato a senador e seu grupo perdeu a empolgação. O político não vem pontuando bem nas pesquisas e leva para o buraco os fãs e apoiadores, que estão espalhados por todo o Estado, principalmente na região da fronteira. Além disso, Ana Amélia garantiu aos companheiros que apoiaria Jair Bolsonaro, hoje foco das críticas ferozes de seu parceiro de chapa, Geraldo Alckmin. O PP gaúcho ainda não digeriu bem o cenário eleitoral de 2018 e torce para que não haja estragos nas próximas eleições municipais.
Desabafo
O prefeito Léo Girardello, essa semana, deu uma entrevista na Rádio Cotrisel tapado de ressentimento. O motivo do desabafo foi o resultado do processo de cassação ingressado pela coligação Frente Sepeense de Renovação, o Frentão, que buscava a inelegibilidade de Léo em função da sua participação – como candidato – de eventos patrocinados com dinheiro da Prefeitura. O processo foi morto na raiz, pelo competente Dr. Claudinho Amaral, que trabalhou aspectos formais do requerimento, protocolado somente em nome de Léo, não incluindo o candidato a vice. Tal procedimento formal é fundamental, conforme o TSE, para que o processo tenha êxito. Visivelmente emocionado com a vitória na ação, Léo disse que as lideranças que entraram com este processo não merecem seu respeito.
Sempre bom
O Sinuelo da Canção Nativa aconteceu no final de semana passado. Artistas consagrados e novatos apresentaram composições e emocionaram o público, que embora reduzido em função da chuva, acompanhou o evento no sábado e domingo. O festival, em seu 16º aparte, teve a organização da competente dupla da JesproArt Produções Artísticas, Everaldo Oliveira e Romualdo Vieira, com o resultado nota dez de sempre. Para as próximas edições, o degas aqui tem uma sugestão: o Sinuelinho, que é a versão mirim do festival, deve voltar a acontecer. Para não saturar muito o final de semana do evento, uma alternativa seria fazê-lo na semana anterior à fase adulta. Com isso, poderiam ser envolvidas as escolas do município. É uma forma de renovar, engrandecer e popularizar o projeto, que é sinônimo de sucesso e referência em todo o Rio Grande do Sul.
Gente Nova
O setembro abriu com notícias boas para a cidade. Desde terça-feira, três novos policiais integram o efetivo local da Brigada Militar. O secretário de segurança Cezar Schirmer, do MDB, havia prometido que eles viriam, após a formatura da nova turma de policiais. O vereador Renato Rosso, do PP, que também é policial, há algum tempo vinha solicitando aumento do efetivo na cidade.
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