A montagem da 6ª Festa da Uva de São Sepé já começou. Mas o que se verá na quadra em frente à Praça das Mercês é só um recorte do trabalho que acontece nas propriedades rurais e que dura o ano todo.
No caso do agricultor Paulo Rangel, trata-se de uma vida inteira em meio aos parreirais. É na localidade de Mata Grande que ele cultiva uvas, produz vinhos, sucos e vinagre. Para garantir bons resultados, o cuidado com as plantas – algumas centenárias – é constante. “É direto roçando, cuidando as formigas”, conta ele, que participa do evento desde a primeira edição. “Na festa a venda é lá em cima. O suco é o mais procurado”, completa.
Também é na Mata Grande que o descendente de italianos Saulo Ferro dá sequência ao costume de seus antepassados. Em uma área de meio hectare ele cultiva uvas Isabel, Cabernet Sauvignon e Bordô, a maior parte delas comercializada in natura na principal vitrine do segmento no município. “A festa tem um bom resultado, é dinheiro garantido”, comemora.
O otimismo em relação a vitivinicultura se estende à propriedade familiar de Márcio Janner, no distrito de Cerrito do Ouro. Entusiasta do empreendedorismo, ele defende que os parreirais representam uma boa renda. “Temos que continuar acreditando e incentivando mais pessoas a irem no caminho da vitivinicultura”, defende. Sua produção será oferecida na festa da uva em forma de frutas, sucos, geléias e cucas.
A grande oportunidade de prestigiar os vitivinicultores locais está se aproximando: a Festa da Uva começa na sexta-feira, 31 de janeiro, às 13h30. Por lá, além de artigos fresquinhos, haverá distribuição de água quente e erva mate, shows musicais, entre outras atrações. A programação organizada pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente se estende até o sábado, 1° de fevereiro, e é gratuita.
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