Segundo o balanço final da fiscalização de trânsito do Comando Rodoviário da Brigada Militar do RS, os acidentes de trânsito deste feriado de páscoa somaram um acréscimo de 28% em relação ao mesmo período do ano passado. Houve um aumento também no número de mortes nas rodovias gaúchas com grande preocupação do resultado dos dois feriados, Páscoa e Tiradentes. Os Policiais Rodoviários flagraram 3.702 infrações de trânsito e 53 condutores embriagados. A constatação é que muitos condutores ainda não acreditam que poderão ser interceptados, fiscalizados e até presos por embriaguez ao volante.
Outra constatação da Polícia Rodoviária é que os acidentes foram de maior gravidade devido ao excesso de velocidade dos veículos. Estes fatores se repetem sempre, diz o Comando da Polícia Rodoviária Estadual, os condutores não mudam esse comportamento. Segundo alguns Institutos de pesquisas, a própria sociedade é responsável por isso, porque representa normal e aceito esse comportamento de beber e dirigir.
Nas Rodovias Federais, houve uma redução de 40% do número de acidentes violentos, isso é atribuído a uma intensa fiscalização planejada com antecedência pela Polícia Rodoviária Federal, que deu certo e os condutores que iam pegar Rodovias Federais se cuidaram mais. É muito importante as campanhas de conscientização e de prevenção de acidentes, diz o major Cristiano Moraes da Polícia Rodoviária Federal, a imprensa precisa continuar divulgando essas campanhas de conscientização.
Veja este mau exemplo:
A fiscalização de trânsito de Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, apreendeu uma motocicleta com 1.222 multas de trânsito, multas vencidas, não havia o pagamento e, mais do que isto, o condutor sem habilitação. Veja bem, se existisse uma efetiva fiscalização nas rodovias em geral, quantos veículos seriam apreendidos diariamente nestas circunstâncias? Quantas carteiras seriam suspensas ou cassadas e quantas vidas no trânsito seriam poupadas? O que a sociedade está presenciando diariamente é bêbados, autores de crimes de trânsito, saírem de Delegacias de Polícia impunes, com pagamento de fianças e, aí sim, por questões de legislação, mas que para o bêbado é uma espécie de sinalização, liberalidade para continuar cometendo os mesmos crimes. O próprio autor da chamada “lei seca” afirma que as punições previstas na nova lei, já não assustam mais os infratores. Enquanto os homicidas de trânsito não forem para a cadeia e pagarem pelas vidas das vítimas de acidentes violentos, continuaremos liderando as estatísticas de mortes no mundo. O Brasil tem uma boa legislação de trânsito, o que precisa e efetivamente, fiscalização e aplicação rigorosa da lei. Citamos o exemplo dessa motocicleta, isso é uma vergonha, além disso, representa que não ocorreu no Brasil. Enquanto a maioria dos contribuintes pagam em dia seus impostos, o próprio “Estado” é, no mínimo, omisso por alguns Órgãos de fiscalização, permitindo que os “espertalhões” escapem pelo furo da malha da rede.
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