Subestimando a “Lei Seca”

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Dirigir embriagado é uma irresponsabilidade que coloca em risco a vida de centenas de pessoas. As mais recentes pesquisas vêm demonstrando que grande parte dos condutores, já não se preocupam tanto com a famosa “lei seca”. Os números demonstram que alguns condutores, apesar de serem autuados em flagrante por várias vezes, não estão preocupados nem um pouquinho com essa legislação. Vejam alguns exemplos de tamanha irresponsabilidade, reincidências e desmoralização da referida lei:
No Distrito Federal, um homem de 46 anos de idade, de nome Leonardo, bateu todos os recordes em pouco mais de seis anos. Ele foi autuado em flagrante por estado de embriaguez por 14 vezes nesse período de tempo. (Sem dúvidas, merece ser homenageado em Brasília, dentro do Congresso Nacional).
A segunda concorrente, uma mulher de nome Marina, disputa o título por ter sido autuada por embriaguez 7 vezes, em um curto espaço de tempo inferior a 5 anos. Ela foi autuada todas as vezes em blitz de fiscalização de trânsito no Estado de São Paulo. A relação nominal destes infratores e criminosos é muito grande, apenas foram publicados 115 nomes destes campeões de autuações em flagrantes por estarem dirigindo embriagados e cometendo acidentes graves em vias públicas.
Este primeiro, o Leonardo, coleciona em média um auto de flagrante a cada seis meses. Ele mora em Itapuã e destas tantas vezes que foi autuado, em apenas uma foi arbitrada a fiança no valor de R$3.000,00 que o Juiz da Comarca competente, examinou e reduziu o valor para pouco mais de R$1000,00. De todos estes atos cometidos por Leonardo, ele responde por apenas três processos criminais, está com a habilitação cassada, mas continua dirigindo tranquilamente, sem ser incomodado pelas autoridades. Obs. Ele não respondeu os contatos feitos pelo G1.
O diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Dirceu Rodrigues, alerta que o cenário da alcoolemia ao volante é muito mais grave do que se pensa. Em um País com mais de um milhão de veículos rodando diariamente e mais de sessenta milhões de condutores, aonde estamos numa sociedade em que comprovadamente mais de 78% da população bebe, e, destes 38% são constituídos de dependentes químicos do álcool e outras drogas, ou seja, muita gente dirige atualmente embriagados ou sob efeitos de drogas psicoativas no Brasil.
O diretor cita que quanto menor o Município, menor é a fiscalização do trânsito, e, por isso, os resultados da “lei seca” ainda deixam a desejar. Diz: “O importante seria se tivéssemos o bafômetro anexado na ignição do veículo, impedindo de ser ligado por pessoas embriagadas, como já acontece em alguns países da Europa. Por fim: Este é o retrato atual do Brasil e como a impunidade vem ocorrendo.

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