Prejudicada pela estiagem, São Sepé prepara decreto de emergência

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São Sepé deve se somar a outros municípios gaúchos decretando situação de emergência por conta da estiagem. Em reunião no gabinete do prefeito Léo Girardello que ocorreu na manhã desta terça-feira, 3, representantes do Executivo e de segmentos agropecuários entenderam que o impacto econômico provocado pela seca é irreversível na safra atual.

Técnicos apontam uma quebra que pode ultrapassar os 50% em culturas como a soja e 40% nas lavouras de milho. Até mesmo a rentabilidade das criações de gado está ameaçada, já que há a preocupação com as reservas de alimento para os animais, bem como com os bebedouros que apresentam nível reduzido de água.

A seca que atinge o Rio Grande do Sul havia sido discutida em janeiro, quando o grupo entendeu que o cenário ainda não justificava o decreto, pois chuvas foram registradas no período. No entanto, os profissionais continuaram acompanhando as condições climáticas e constataram que a precipitação não foi suficiente para reverter os danos.

De acordo com Girardello, o momento é de avaliar o quadro, levantar números e preparar as comprovações necessárias para a elaboração do decreto de emergência, que será enviado ao governo do Estado. “Este documento vai facilitar eventuais renegociações que os produtores necessitem, precisamos protegê-los. Temos uma realidade a ser enfrentada e devemos encontrar maneiras de minimizar os impactos disso. Inclusive, estamos muito preocupados com a situação emocional da nossa gente”, diz o prefeito, estimando que os prejuízos possam ultrapassar os R$100 milhões em São Sepé.

Ao longo da semana, técnicos estarão trabalhando na elaboração do laudo que vai apontar as perdas em cada cultura de forma detalhada. Em seguida, será encaminhado um chamamento para que a Defesa Civil do Estado venha até o município constar de perto os problemas causados pela seca.

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