O Trânsito faz parte das Políticas Públicas de Urbanização. Interessante essa pesquisa relatada pela ONU sobre o crescimento desordenado das grandes cidades Latino-Americanas. De acordo com o “Estado das Cidades da América Latina e Caribe” constantes desse relatório inédito, produzido pelo programa das Nações Unidas, aponta que a taxa de urbanização no Brasil e nos países do Cone Sul, já chegou a 90% no ano de 2020. No México, assim como outros Países da América Central a taxa ficará entre 83 a 85% até o ano de 2050.
Essa pesquisa apresenta outros dados paralelos sobre o desenvolvimento econômico, habitação, serviços básicos e de meio ambiente, gestão de risco e de governança urbana. O referido relatório foi recebido de forma muito positiva pelos governantes das cidades da América Latina e do Caribe, pois trata-se de importante ferramenta de enfrentamento aos grandes desafios administrativos de toda essa região.
O número de cidades emancipadas aumentou mais de seis vezes, inclusive no Brasil, nos últimos cinquenta anos. Metade da população urbana reside atualmente em cidades com até 500 mil habitantes. Enquanto isto, 14% residem em megacidades. Não dá para negar, que mesmo com a falta de infraestrutura como o acesso a água potável, saneamento básico e outras prestações de serviços básicos tem atraído os grandes centros urbanos. O êxodo migratório do campo, ainda é o grande problema a ser resolvido no futuro próximo. No momento, o gráfico mostra que pessoas com a vida bem resolvida e aposentados, já estão dando movimento em sentido contrário, ou seja, retornando para o campo e fugindo das grandes cidades mais poluídas.
Com tudo isto, ainda é muito preocupante observar que a marcha urbana ainda continua explodindo, apesar da desaceleração demográfica. As cidades crescem cada vez menos compactadas e explodem fisicamente a uma taxa que supera o aumento da população em padrão não sustentável.
As cidades, são verdadeiros motores para a economia dos países da América Latina. As 40 principais cidades da América produzem anualmente um PIB de mais de 842 bilhões de dólares. Estima-se que quase 2/3 deste PIB venha dessas áreas urbanas, de serviços e industrias.
Por tudo isto, que é necessário o planejamento antecipado e seguro do crescimento das cidades, inclusive as de pequeno porte, pois cidades que não seguem o plano diretor e crescem desordenadamente, logo ali terão problemas de toda a ordem, principalmente em prestação de serviços públicos como o transporte urbano e o trânsito desorganizado. É necessário ter muito cuidado com os chamados polos geradores de tráfego e cargas para o enfrentamento do fluxo de veículos nas áreas urbanas.
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