Se as pessoas levassem em consideração o significado real do que representa uma passagem de ano, com certeza, dispensariam até a presença do “Papai Noel”. Em todas as viradas de anos, os nossos governantes aproveitam o momento de euforia da população para “passar com a boiada”. O Governador de Rio Grande do Sul, não está preocupado nenhum pouquinho com essa terrível pandemia e com a situação econômica da população gaúcha. Da mesma forma como outros já fizeram, aproveita o final de ano com festas natalinas e o próprio carnaval, para tributar impiedosamente a população.
Esse aumento do IPVA no RS, vem assustando a população, em especial, os proprietários de veículos. Sabemos que neste período de passagem de ano, é sempre quando os governantes se preocupam em fortalecer os caixas de suas secretarias, no entanto, o Governador, que tanto tenta explicar os índices de correções da tabela do IPVA, não admitiu em nenhum momento corrigir da mesma forma a defasagem inflacionária dos salários de seus servidores públicos. Com certeza, o funcionalismo público para ver seus direitos garantidos, terão que fazer grandes mobilizações a partir do dia 31 de Dezembro de 2021, ou até recorrer ao poder judiciário para ter seus direitos, no mínimo, transformados em “precatórios” para carregar no “caixão funeral”, como aliás, já vem ocorrendo também no Governo Federal, com o chamado “calote dos precatórios”.
As leis neste país, muitas vezes dão a impressão que são feitas para quem critica a aplicação delas, ou para quem se beneficia delas. O cidadão, que é o “trem pagador” de toda essa farra exagerada do poder público, não vê a contraprestação de serviços públicos em muitos setores, como exemplo, a questão do tratamento de esgoto e saneamento básico no Brasil, entre outros.
Aumentar a alíquota do IPVA, mais do que isto, buscar nos depósitos dos guinchos veículos velhos, obsoletos, que já foram isentos por ser considerados veículos sem as mínimas condições de segurança para o trânsito, comprovados por laudos técnicos de engenheiros de tráfego, com certeza, é um retrocesso para as políticas de segurança viária. Isto é uma pá de cal, na sepultura das campanhas educativas de trânsito, como a “Década de Ações”, o pacto firmado entre o Brasil com outros 172 país, a própria Organização Mundial da Saúde e ONU.
O que mais impressiona a população gaúcha, além desta infâmia do Governador, é a posição silenciosa da maioria dos deputados Estaduais do RS. Grande parte das Câmaras Legislativas, já acostumaram com o “cabresto” em linguajar gaúcho, não reagem e não defendem a população contra o leão, o fisco e demais tributações exageradas. Brasília é o maior exemplo, se arrastar um charque ou borrego morto, a maioria dos graxains correm para o mesmo lado, ou se vendem por emendas parlamentares que vem sendo a moeda de troca mais cobiçada da Câmara Federal, conforme a imprensa brasileira publica sistematicamente.
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