O Diretor de Esportes de São Sepé, João Vicente Gordo, vem trabalhando no Ginásio Nery Bueno Lopes sem a devida formalização exigida pelo serviço público. E, convenhamos, se há algo que a burocracia faz questão de manter é a papelada em dia. Ligado à rede estadual, João Vicente ainda não conseguiu autorização oficial para atuar na Prefeitura, e fontes bem informadas indicam que a Secretária Estadual de Educação, Raquel Teixeira, não está disposta a abrir mão de professores, ainda mais diante da escassez de docentes no Rio Grande do Sul. Após um afastamento médico, João Vicente retomou suas aulas no Instituto Tiaraju e no Colégio São Sepé, mas segue trabalhando na Prefeitura apenas como voluntário.
Aliás… Curioso como o mundo dá voltas. O prefeito Marcelo Ellwanger já criticou publicamente o voluntariado na Prefeitura, mas agora precisa engolir em seco a atuação de João Vicente Gordo no esporte sepeense – ainda que fora do horário de expediente. Enquanto a liberação oficial não vem, segue o jogo.
Celso Roth do Esporte – No futebol, quando a dupla Grenal entra em crise, sempre há um nome que ressurge das cinzas: Celso Roth. Pois em São Sepé, quando o assunto é esporte, o nome que aparece para resolver os impasses é o ex-vereador Humberto Stodutto, do PSDB. E, como nome tradicional do futebol, ele já foi sondado para assumir a futura Secretaria de Esportes do governo Marcelo Ellwanger. Um passarinho verde – dos autênticos – cochichou que Humberto pode entrar em campo para resolver a falta de titular efetivo na pasta.
Mãe Brasileira – O projeto Mãe Gaúcha, que nasceu na região central pelas mãos do deputado estadual e atual Secretário de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, já começa a alçar voos nacionais. O programa chamou a atenção dos governadores Elmano de Freitas, do Ceará, e Fábio Mitidieri, de Sergipe, que pretendem adotá-lo para beneficiar gestantes desde o pré-natal até o nascimento do bebê, garantindo o enxoval da primeira infância. Se a tendência se confirmar, no próximo ano o ministro Wellington Dias, do Ministério do Desenvolvimento Social, pode levar o modelo para todo o Brasil. A fila do SUS pode até ser lenta, mas boas ideias viajam rápido.
Equilibrado – Sem surpresas no placar, o presidente da Câmara de Vereadores, Renato Rosso, do PP, segue conduzindo os trabalhos legislativos com a serenidade que a experiência lhe ensinou – mesmo durante o recesso. Filho de Bino Rosso, um dos mais respeitados ex-presidentes da Casa, Renato é daqueles casos em que a fruta realmente não caiu longe do pé. A grande questão é: conseguirá manter esse equilíbrio quando março chegar? Porque se o clima esquentar, a Câmara com sessões ordinárias, pode ficar mais agitada que noite de eliminação no BBB.
Federal – O gerente do Banrisul de Caçapava do Sul, Duda Barin, do PDT, está na mira do partido para disputar uma cadeira na Câmara Federal em 2026. Com trajetória política consolidada em Santa Maria, Duda pode se tornar um dos representantes da região central pelos trabalhistas.
Pódio – O PDT tem planos ambiciosos para 2026 e projeta eleger três deputados federais no estado. Se aceitar o desafio, Duda Barin entra na disputa mirando o terceiro lugar. Com um histórico de defesa do funcionalismo público nos sindicatos, ele tem como base eleitoral bancários e servidores estaduais. Resta saber se o jogo vira ou se ele ficará pelo caminho na corrida das urnas.
Cestas Básicas – O discurso de que a Prefeitura não tinha cestas básicas para a população vulnerável já ficou no passado. Na semana passada, foi homologada uma licitação no valor de R$ 1,1 milhão, garantindo a compra de kits alimentares. Cada cesta sairá por R$ 69.
Magrinho – O problema é que, se comparado às cestas distribuídas pelo Governo do Estado via Defesa Civil e Secretaria de Desenvolvimento Social, o kit municipal parece dieta de nutricionista radical. Enquanto a cesta da Prefeitura custa R$ 69 a do Estado sai por mais de R$ 200. Parece que, na balança da assistência social, alguns pesos são bem diferentes.
