Conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, a qual consulta estabelecimentos que tenham, no mínimo, 20 pessoas ocupadas, o varejo restrito brasileiro registrou variação de -1,5% entre novembro e dezembro, na série com ajuste sazonal. Na comparação com dezembro de 2016, houve crescimento de 3,2%. Com esses resultados, o comércio varejista brasileiro encerra 2017 com uma alta de 2,0%. No Rio Grande do Sul (RS), o varejo restrito registrou variação de -0,8% em relação ao mês de novembro, na série dessazonalizada. Com relação a dezembro de 2016, a variação foi de 14,6%. Assim, no consolidado do ano, o varejo gaúcho registrou alta de 7,2%.
No Varejo Ampliado, que inclui as atividades de Material de construção e Veículos, motos, partes e peças, na comparação interanual, houve crescimento de 6,4% no Brasil (BR) e de 20,0% no RS. Dessa maneira, tanto o Varejo Ampliado brasileiro quanto o gaúcho fecharam o ano passado com variação positiva, de 4,0% e 13,3%, respectivamente.
Para o varejo restrito gaúcho, entre 2016 e 2017, o desempenho positivo no volume de vendas foi apurado em sete das oito atividades contempladas. Os segmentos com as maiores altas foram: Tecidos, vestuário e calçados (25,7%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (23,7%). Por outro lado, a atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria (-22,9%) foi a única com variação negativa. Para o Varejo Ampliado, no estado, no mesmo período, houve alta de 23,3% em Veículos, motos, partes e peças e crescimento de 3,1% em Materiais de Construção.
É indiscutível que em 2017 houve uma melhora nos indicadores de vendas do comércio, tanto do Brasil quanto do Rio Grande do Sul. A melhora no mercado de trabalho, a inflação controlada e juros em queda, contribuíram para o aumento da confiança dos consumidores, estimulando o consumo. Entretanto, como temos afirmado em inúmeras notas anteriores, a mudança na amostra da PMC e a forma como a série foi “colada” com a anterior gerou variações muito grandes na comparação com o ano anterior no caso do Rio Grande do Sul. Assim, apesar da direção estar correta, acreditamos que o resultado superestima o crescimento das vendas no Estado. Acreditamos que a partir de jan/18, essa variação interanual será significativamente minimizada.
Fonte: Fecomércio RS
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