Violência contra a mulher é pauta de debate durante a Semana da Mulher

Ass. Imp. Câmara Destaque Geral Política São Sepé

Segundo o Instituto Maria da Penha, a cada 7.2 segundos uma mulher é vítima de violência física no Brasil. Outra pesquisa divulgada pelo Instituto Patrícia Galvão informa que 54% das pessoas conhecem uma mulher que já foi agredida pelo parceiro. Pensando em como apoiar essas mulheres, a Câmara de Vereadores de São Sepé promoveu na sexta-feira (15), uma mesa redonda com o tema “Violência doméstica e direitos da mulher”.

A exposição foi conduzida pela juíza de direito Marcela Pereira da Silva, e também com a delegada Carla Dolores Castro de Almeida, com defensora pública Cláudia Alves Rocha e a escrivã da 2ª Vara Judicial Veronice Santini dos Santos. Elas falaram sobre os procedimentos de cada órgão e os problemas vividos pelas mulheres.

O objetivo do encontro era sensibilizar, orientar e prevenir a comunidade a respeito da violência contra a mulher, bem como uma medida de prevenção no combate à esse crime. Os participantes eram, em sua maioria, adolescentes, o que tornou a ação mais desafiadora, mas também com fundamental importância. A linguagem e até mesmo a duração das palestras foram adequadas para atender melhor ao público.

Segundo dados alcançados, os números de violência contra a mulher em São Sepé é muito alto em relação ao número de habitantes. Segundo a delegada Carla Dolores, muitos casos que passam pela Delegacia de Polícia não chega ao Judiciário, impedindo que o agressor seja punido. “É um assunto em evidência. Precisamos entender que é necessário denunciar o abuso e a violência contra a mulher, tanto física quando psicológica. Só assim vamos mudar esse cenário. É importante falar também da questão do feminicídio e mostrar para os homens que as mulheres precisam de respeito”, aponta a delegada.

Para a juíza Marcela, a experiência serviu para mostrar que o judiciário sepeense está trabalhando de uma forma intensa sobre estes problemas de violência contra mulher. “Temos diversos processos e todos que chegam até nós, são analisados criteriosamente para que sejam a apurados o quanto antes, sem deixar para depois”, relata a magistrada.

A defensoria pública apresentou as orientações sobre defesa aos agressores ou até mesmo às vítimas, explicando o trabalho que é realizado junto à Defensoria Pública do Estado. “Normalmente a defensoria pública trabalha com o acusado, defendendo-o, mas também estamos sempre apostos para receber a vítima e orientá-la da melhor maneira possível”, explica.

A escrivã Veronice Santini falou sobre os procedimentos que o judiciário vem realizando junto às causas sobre violência contra as mulheres. “Recebemos o inquérito da Delegacia de Polícia e analisamos e passamos a causa para ser analisado pela Juíza de Direito”, conta.

Ao final da palestra, os participantes interagiram com comentários, promovendo uma troca de experiências.

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