A VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO

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Para o psicólogo Júlio Cezar Fontana da Rosa, membro da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, “o veículo nas mãos de um condutor descontrolado psicologicamente poderá transforma-se em uma potencial arma para o desvio de conduta”.
O veículo nestas condições, poderá funcionar como o meio pelo qual a pessoa vai externar sua agressividade. Muitas vezes essa agressividade resulta de um conjunto de fatores, como: excesso de trabalho, noites mal dormidas, problemas familiares, alcoolismo e até dependência química.
O estranho comportamento de um motorista, muitas vezes é percebido nos primeiros olhares trocados entre dois condutores, nunca um sabe qual vai ser a reação do outro e, se isso vai resultar em danos materiais ou agressões físicas.
Para a psicóloga Raquel Almqvist, diretora do Departamento de psicologia de trânsito, Abramet, é impossível adivinhar o estado de espírito do motorista ao lado. Uma dica importante nestes casos é tentar não “encarar” o oponente, isso gera mais tensão e poderá resultar em brigas de trânsito.
Muitas vezes os motoristas exaltados, pensam que são os donos das ruas, dirigem em “zigue-zague”, grudam na traseira do outro veículo, não respeitam distanciamento lateral e não respeitam a sinalização do trânsito, conhecidos como “abusados” ou problemáticos.
A agressividade no trânsito, também chamada de direção ofensiva, pode ser definida como um modo egoísta, impaciente e de insegurança. Algumas pessoas entram para dentro de seus veículos, como se estivessem entrando para uma bolha de proteção, em que a elas, tudo é permitido, colocando em risco os outros motoristas, pedestres e ciclistas.
No Brasil, não há estatística formal para os casos de agressões no trânsito e nem punição específica no Código de Trânsito Brasileiro, os crimes que ocorrem no trânsito são julgados pelo Código Penal Brasileiro. Segundo Ciro Vidal, membro da OAB-SP e ex-diretor do Departamento de Trânsito de São Paulo, ele sustenta que todos esses motoristas envolvidos em agressões no trânsito deveriam ser submetidos a avaliações psicológicas obrigatórias pelos Departamentos de Trânsito, com punições e até suspensão da Carteira Nacional de Habilitação.
Os psicólogos aqui citados, sustentam que: “O carro não é um escudo protetor do mau motorista, ele é um meio de transporte e também de integração social”.
Por fim, é muito procedente a campanha educativa do DETRAN/RS, quando cita: “Empatia no Trânsito, você no lugar do outro”

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