Setembro Amarelo

Colunistas Geral

Além da Semana Nacional do Trânsito, que ocorrerá entre os dias l8 a 26 de Setembro em todo o Brasil, temos as campanhas de conscientização da população sobre o grave problema das mortes pela prática do suicídio, o chamado “Setembro Amarelo”. As duas campanhas são de extrema importância, porque dizem respeito ao salvamento de vidas humanas.

O trânsito mata mais de 50 mil pessoas por ano no Brasil, estamos permanentemente ocupando o 5º lugar no mundo em mortes nas nossas rodovias. As campanhas educativas são boas, mas não têm dado os melhores resultados. Temos uma boa legislação, entre elas a conhecida “lei seca”, mas comprovadamente, falta mais fiscalização de trânsito nas rodovias. Há um número muito grande de condutores que ainda apostam na impunidade e nos próprios benefícios das leis para continuar dirigindo embriagados.

Precisamos de corrigir as falhas desta legislação de trânsito, enquanto não tivermos leis mais rígidas com severas punições e que os condutores autores de homicídios de trânsito, em estado de embriaguez, recebam condenações exemplares e sejam recolhidos no sistema prisional, o Brasil não irá desocupar essa 5ª posição mundial de homicídios de trânsito. “A lei seca, não assusta mais os criminosos do trânsito”, em outro artigo publicado neste espaço, citamos o episódio de um médico de Campo Grande, em que foi autor de um atropelamento no trânsito, praticou o primeiro homicídio, foi julgado e recebeu os benefícios da lei, porque a condenação era inferior a quatro anos de reclusão, saiu livre para beber novamente, atropelou e matou a segunda pessoa, só aí teve a prisão preventiva decretada, mas em seguida livrou-se das malhas da lei para continuar sua escalada criminosa no trânsito. É por situações como esta, que o nosso trânsito é um dos mais violentos do mundo.

Então, estas campanhas veiculadas na mídia são muito relevantes, tanto a de trânsito, quanto a do “Setembro Amarelo” de prevenção aos suicídios. Esta campanha de prevenção aos suicídios, também é internacional, com o apoio da Organização Mundial da Saúde, Associação Brasileira de Psiquiatria e parceria com o Conselho Federal de Medicina.

O Brasil registra mais de 14 mil casos de suicídio por ano, imaginem somados com os homicídios de trânsito, com as mortes violentas através de armas de fogo, as chamadas balas perdidas e dos confrontos com a polícia. Realmente estamos em guerra e precisamos de mais decretos de reconhecimento de calamidade pública.

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