Inca, um coração que não cabe no peito

Destaque Geral Região São Sepé

Talvez muita gente não saiba, mas participo do processo eleitoral em São Sepé desde o ano de 1992, trabalhei na organização da campanha que elegeu Volney e Inca naquele ano, novamente em 1996 na eleição de Inca e Errio, mas a minha convivência com o Inca começou a se intensificar no ano de 2004 quando concorremos juntos, ganhamos a eleição e assumimos a Prefeitura em 2005.
Quando iniciaram as tratativas para que eu fosse o candidato do Partido naquela eleição, deixei claro desde o início que eu queria o Inca de Vice, hoje passados quinze anos tenho a convicção e a tranquilidade de dizer que eu tive na figura do Inca o melhor Vice que alguém poderia ter.
Ele foi fundamental na campanha de 2004, pois como já disse, apesar de participar ativamente de diversas ações na comunidade eu não era conhecido, o Inca me apresentou para nossa gente e teve um papel importantíssimo no governo, seja na articulação política, no relacionamento com o PMDB e com os demais partidos que faziam parte da coligação ou no dia a dia com a sua experiência de ter sido vice do Volney e depois ter ocupado o cargo de Prefeito.
Em 2008 com a administração já consolidada concorremos a reeleição vencendo mais uma vez. A convivência diária ao longo dos oito anos de mandato me mostrou um Inca conciliador, presente em todos os momentos, fossem eles bons ou de dificuldade, pude presenciar o médico e o ser humano em sua essência de desprendimento material, um profissional da medicina humanitário disposto a atender qualquer um, tivesse ele condições de pagar a consulta ou não e um político com sensibilidade para identificar os anseios da sua gente.
Todos sabemos que a morte faz parte da vida, o problema é que nunca estamos preparados para ela. A comunidade de São Sepé tem hoje com a morte prematura do Inca uma lacuna que dificilmente será preenchida, todos perdem, a classe política perde um referencial de liderança, a família perde um pai amoroso, presente e provedor, quanto á mim, eu perco um amigo e parceiro de caminhada que esteve junto sempre que possível, chegava toda manhã, me apertava a mão e perguntava: ” Está tudo bem alemão? Me chama sempre que precisar”.
A despedida nunca é fácil, que Deus te receba e conforte o coração dos teus filhos e demais familiares.

Amigos para sempre é o que nós iremos ser…

Arno Cleri Reinstein Schröder
Ex-Prefeito Municipal 2005/12

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