Veículos e placas adulteradas

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A Polícia Rodoviária Federal tem intensificado a fiscalização nas rodovias, mas o número de veículos em circulação com as características adulteradas aumentou. As principais alterações são: Veículos rebaixados, sem laudos técnicos expedidos pelo INMETRO, Caminhões de cargas com alterações de características, principalmente as chamadas carrocerias arqueadas, entre outras. A Polícia Rodoviária Federal, na sexta-feira da semana passada, efetuou a abordagem e apreensão de três semirreboques circulando pela BR. 158, em Santa Maria, com as placas de identificação exatamente com o mesmo número.
Esses caminhões com semi-reboques clonados, vinham de Rio Grande passando pela BR 158, em direção ao Município de Tucunduva, RS, onde eram registrados. Essas são as chamadas “placas frias” que andam circulando muito pelas rodovias brasileiras. Neste específico caso, foi possível a constatação das irregularidades, devido a boa atenção de um policial que percebeu no mesmo comboio, ou seja, um caminhão na sequência do outro com o mesmo número de placas. Acreditam os policiais que se fosse um caminhão distanciado do outro, seria mais difícil a constatação das irregularidades. Isso chama-se de “Abuso e certeza de impunidade”
Outra situação que vem preocupando muito as autoridades de trânsito é o número de caminhões de transportes de cargas em circulação com as adulterações das carrocerias, as chamadas “carrocerias arqueadas”. Os próprios fabricantes, neste caso, os representantes da Mercedes Benz, dizem que a elevação da carroceria sem as normas técnicas é uma situação de muito risco para o trânsito. Os técnicos afirmam que esse tipo de decisão sem o acompanhamento de engenheiros é temerário e altera todo o sistema de geometria e segurança do transportador, caminhão e semirreboque. “lei da física”
Quando se modifica a suspensão do caminhão, o centro de gravidade também é alterado. Do mesmo modo, ocorre o desgaste prematuro de todos os componentes, explica Andrade da Mercedes Benz. Caminhão arqueado pode matar, pois arrebitar a carroceria na parte traseira poderá colocar em risco a vida de outros motoristas e ocupantes de veículos menores. Isso ocorre porque o próprio pára-choque da carroceria do caminhão fica mais elevado facilitando o encaixe do veículo menor na traseira do caminhão no chamado “efeito guilhotina”.
Em 2014, o Conselho Nacional de Trânsito, CONTRAN, expediu a Resolução nº 479, que regulamenta esse tipo de procedimento, no entanto, mesmo com outras alterações desta lei, alguns proprietários e condutores de veículos de transporte de cargas, ainda preferem arriscar o enfrentamento de uma fiscalização e a apreensão dos veículos. “O preço dessa imprudência, com certeza, serão mais vidas perdidas na violência do nosso trânsito”.

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