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Vai levar tempo para São Sepé gerar um empreendedor com a visão e a paixão de José Maria Picada, que nos deixou esta semana aos 92 anos. Sua trajetória foi marcada pela ousadia de quem não tem medo de transformar sonhos em realidade. Ele não apenas fundou empresas e inovou em cada passo que deu, mas também fez de São Sepé um lugar diferente, melhor. Foi ele quem trouxe para nossa cidade o sonho de um Hotel Turístico, quem ajudou a fundar a Cotrisel e quem fez da revenda de automóveis sepeense DKAR uma referência no Rio Grande do Sul. Sua contribuição foi além da cidade: como produtor rural, criou uma verdadeira indústria de produção de grãos e gado.
Como gestor público, sua visão foi à frente de seu tempo. Foi o prefeito do Plano Diretor nos anos 70, quando isso ainda não era uma exigência constitucional. Como vereador, sua força estava na palavra, na articulação serena e sem rancores.
José Maria Picada também foi um ativista cultural incansável. Escrevia crônicas e poemas, transmitindo suas ideias e sentimentos com a leveza de quem tem a arte como aliada. Seu amor pelo cinema, teatro e música nativista era visível em cada ação que tomava. Ele foi o idealizador do Sinuelo da Canção Nativa e não parou por aí: deu palco para foliões em uma Sapucay improvisada, criou a Feira do Livro, apoiou corais e estruturou a Fundação Cultural, onde a bandinha Paz e Concórdia encantava as tardes de sábado.
Foi, sem dúvida, um talento raro. Seguirá sendo, para sempre, referência e inspiração.

CEO Aberto – O vereador Clécio Pigatto, do PDT, fez uma descoberta no mínimo curiosa: o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), vinculado à Secretaria da Saúde, estava literalmente de portas abertas às 17h da tarde, sem ninguém dentro. E se não fosse o olhar vigilante e destemido do vereador, o prédio poderia se tornar o mais novo ponto turístico para bandidos da cidade. Com computadores, equipamentos e até medicamentos controlados, que só podem sair de lá com autorização de profissionais, a situação se tornaria um prato cheio para os infratores. E assim surge o “CEO aberto”.

Aliás… – Quando o Governo Marcelo Ellwanger anunciou que estaria de portas abertas para a população, o degas aqui tinha entendido de outra maneira.

Ponte do Fraga: O Jogo Continua -No dia 16 de janeiro, a Prefeitura de São Sepé rescindiu amigavelmente o contrato com a construtora V Investments para a construção da ponte do Passo do Fraga, alegando “interesse da Administração”. Agora, em 31 de janeiro, a Prefeitura recebe a primeira parcela de R$ 750 mil, fruto de um acordo do ex-prefeito João Luiz Vargas com a CORSAN. Antes não havia ponte nem dinheiro, agora tem dinheiro, mas segue sem empresa contratada. A ponte, parece, continua distante.

Ponte do São Rafael – O prefeito Marcelo Ellwanger, apesar de todo o esforço, não conseguiu cumprir a primeira promessa de campanha para o pessoal do interior. Segundo ele, a obra da ponte do São Rafael, que caiu há tempos, seria resolvida em janeiro. E, como era de se esperar, a promessa ficou no campo das boas intenções. A não ser que hoje apareça um exército chinês para terminar o que nem começou, o trânsito continua interrompido, como sempre.

Enfatiotados – Agora a Câmara de Vereadores tem dois edis que só se apresentam nas sessões e reuniões legislativa de fatiota: Maninho Pinto, que além de terno usa o tradicional suspensório, e Filipe Ilha, que é Partido Novo raiz até no corte slin do terno e gravata.

Chegou – O projeto de desassoreamento do Lajeado do Moinho, elaborado ano passado e protocolado pelo ex-prefeito João Luiz Vargas em novembro junto ao Governo Estadual, foi contemplado com 750 mil. A contrapartida do município é apenas fazer uma licitação para escolher a empresa que prestará o serviço. O dinheiro, conforme o governador Eduardo Leite, entra na conta do município antes do carnaval.

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