O trabalho do ex-prefeito João Luiz Vargas para construir o sistema de Defesa Civil mais eficiente da região, um feito aclamado pelos coordenadores estaduais da área, parece ter sido posto abaixo. Isso é o que confirma a postagem no Facebook oficial da Prefeitura. A nova estratégia de emergência climática anunciada pelo atual prefeito, Marcelo Ellwanger, agora será conduzida pelo Corpo de Bombeiros, com a justificativa de que as forças de segurança são mais ágeis. O prefeito, no entanto, parece ter se esquecido de um pequeno detalhe: a Defesa Civil Municipal, por lei, é responsabilidade das prefeituras, não do Estado.
Lógica Desconstruída – O sistema da Defesa Civil, organizado pela Lei Federal nº 12.608 de 10 de abril de 2012, impõe, em seu Art. 2º, a responsabilidade das Prefeituras em adotar medidas necessárias à redução dos riscos de acidentes ou desastres. O prefeito Marcelo Ellwanger, preferiu terceirizar essa política pública, passando para o Estado, através do Corpo de Bombeiros, a centralização das ações. O Art. 8º da Lei é clara e obriga os municípios a coordenar as ações no âmbito local, com a articulação do Estado e da União, não o contrário. Portanto, em vez de integrar as ações de forma coordenada com o Estado e a União, como manda a lei, o prefeito resolveu centralizar a Defesa Civil nas mãos de quem já tem coisa suficiente para fazer. Uma escolha para lavar as mãos.
Enxugando o Orçamento – Se a Defesa Civil de São Sepé for de fato desarticulada, a cidade pode sentir o impacto financeiro dessa decisão. Afinal, um dos papéis da Defesa Civil municipal é buscar recursos extras para combater desastres naturais, como secas e enchentes. Sem essa estrutura, as verbas essenciais para essas ações podem ficar mais difíceis de conseguir.
Resposta Direta – O Secretário de Obras Valmi Giuliani tem um estilo bastante peculiar de lidar com críticas. No último fim de semana, o político usou termos de baixo calão para responder a um comentário do vereador Filipe Ilha, do Novo, que havia criticado suas ações nas redes sociais. O vídeo da resposta foi, no mínimo, mais polêmico que os barracos da última edição do Big Brother Brasil.
Ranking de Polêmicas – Passados os primeiros 45 dias de gestão, o ranking dos políticos mais polêmicos está bem disputado. Valmi Giuliani, do PP, continua se destacando com seu vocabulário peculiar. Filipe Ilha, do Novo, também está entre os mais comentados, com seus conteúdos ideológicos diários nas redes sociais. E a dupla Vládia Freitas e Clécio Pigatto, do PDT, não fica para trás, cobrando soluções práticas para os problemas cotidianos da cidade, com vídeos, fotos e postagens.
Diárias e Viagens – Subiu para R$ 1.506,45 o valor tirado em diárias, passagens e reembolsos para o prefeito Marcelo Ellwanger e o vice-prefeito Rodrigo Ferreira nestes primeiros dias de mandato. Não é segredo que Marcelo não perde a oportunidade de solicitar uma ajuda de custo sempre que sai da cidade. Na última terça-feira, por exemplo, ele pediu diária para participar de um evento em Santa Maria, e ainda solicitou adiantamento para o transporte até Vila Nova do Sul no mesmo dia.
Plano Ambicioso – Eto Vargas, do PP, já tem seus planos para o futuro. Embora não queira mais disputar a reeleição como vereador, a especulação nos bastidores se confirmou na semana passada: ele está de olho em uma candidatura majoritária em 2028. No entanto, se a chapa PP/PSB seguir unida, terá nomes fortes na disputa interna. Além da possibilidade de reeleição do prefeito Marcelo Ellwanger e do vice Rodrigo Ferreira, estão na fila o ex-prefeito Léo Girardello, e os vereadores Matheus Leão, do PSB, e Renato Rosso, do PP. Com isso, a missão de Eto se torna um verdadeiro jogo de xadrez político.
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