Trânsito – Vilnei Melo

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 ALCOOLISMO E DROGADIÇÃO

Dados de pesquisas recentes mostram que o Brasil registra mais de 40 milhões de dependentes de drogas ou de alcoolismo. Esses dependentes, são pessoas compulsivas que não conseguem ficar nenhum dia sem drogas ou álcool. O mais preocupante é que grande parte desse número dirige independente de estar ou não habilitado. Cerca de 50 mil pessoas morrem por ano no Brasil e comprovadamente nesse universo de acidentes sempre é comprovado que os acidentes mais graves tiveram como causa fundamental o uso drogas, álcool ou as questões de imprudência e desrespeito às normas de trânsito.

Todas as esperanças foram apostadas na lei nº 13.546, para que esses infratores fossem pagar suas penas na prisão. O problema é que o trânsito transformou-se em um fenômeno social, questão de segurança e de saúde pública. O problema é que: “Se todos os mandados de prisão expedidos pela justiça e registrados no banco de dados do Conselho Nacional de Justiça fossem cumpridos de uma única vez, acrescentaria 165% do número da população carcerária no Brasil, é impossível cumprir isso”. Não existem vagas para que os condenados cumpram suas penas na maioria dos Estados.

A idéia dos legisladores era a de que a punição para os usuários de drogas e de álcool ao dirigir, servissem de exemplo para os demais, mas na pratica a situação é bem diferente, criminosos e infratores continuam dirigindo livremente: Exemplo no Paraná, BR 163, flagrado um criminoso, contrabandista, procurado pela justiça, dirigindo sem ser habilitado e com um veículo transitando com mais de R$ 100,000,00 (Cem Mil Reais) em multas gravíssimas (crimes de trânsito).

O problema do alcoolismo e da drogadição é um problema de saúde pública, o Brasil precisa de tratamento urgente. Na verdade a cadeia não resolve esse tipo de problema, é caso de tratamento médico, internamento, somente quem passa por essa situação e tem um familiar dependente é que sabe disso. A questão social: Destes 41 milhões de Brasileiros dependentes, muitos são chefes de famílias, pessoas boas e que até dirigem diariamente sob efeito de álcool ou drogas, mas tem que fazer isso por necessidade de levar filhos na escola, trabalho, etc. Alguém já conviveu com esse problema?

Quantas reportagens já assistimos na TV, de artistas, famosos, técnicos e jogadores de futebol, celebridades, todos naufragando nesse mesmo barco. A situação é terrível, mas os governantes precisam encarar essa situação e aparelhar os hospitais e a rede pública de saúde para o enfrentamento dessa questão. “Já passou da hora”.

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