Coragem

Colunistas Geral

Já dizia o saudoso Gildo de Freitas que homem feio e sem coragem não vai longe. A Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, capitaneada pelo articulado e produtivo vereador Dr. Marcelo Neves, do MDB, trouxe para a pauta do Poder Legislativo um projeto absolutamente necessário, mas que gera repercussão negativa nos bastidores da política: a criação de novos cargos de assessor. Com isso, cada vereador terá um assessor para chamar de seu, corrigindo uma distorção que existe hoje em que bancadas grandes, como PDT e PP, acabam tendo que trabalhar quase sem suporte técnico. O projeto foi aprovado.

Contra
A bancada do PDT, pelos vereadores Tavinho Gazen e Zilca Camargo, e do PSB, pelos vereadores Rodrigo Ferreira e Matheus Leão, votaram contra o projeto de criação de cargos de um assessor por vereador no Poder Legislativo. De todos, o único que resolveu explicar os porquês de tentar obstaculizar a tramitação do projeto, foi Rodrigo, que entende ser desnecessário o aumento de gastos pela Câmara de Vereadores.

Santarrão
Nas palavras do vereador Renato Rosso, do PP, é fácil Rodrigo Ferreira, do PSB, dizer que um assessor por vereador é desnecessário. Como a bancada do seu partido tinha um vereador até semana passada, a assessoria técnica da bancada do partido, nomeada por Rodrigo, fazia as tarefas de assessoria do edil. Em diferentes oportunidades, inclusive, o vereador do PSB nomeou como CC para assessor direto seu próprio tio, Claudiocir Ferreira.

Cargo y Cargo
O argumento de Rodrigo Ferreira, do PSB, em criticar a criação de cargos na Câmara de Vereadores não se sustenta entre aqueles que conhecem como as coisas andam. Em 2021, quando presidente do Poder Legislativo, Rodrigo ajudou a articular a criação de cargos no Escritório da Cidadania, para nomear pessoas vinculadas ao seu partido político.

Comitê Político
O rompimento entre o Governo Municipal e o PSB foi, nas palavras do prefeito João Luiz Vargas, exatamente por causa disso. O PSB estava tratando os espaços de governo e as políticas públicas como ações que lembravam um Comitê Eleitoral, priorizando as coisas apenas para aqueles vinculados a seu partido político.

FakeNews
Era Fakenews a notícia alardada pelo empresário Filipe Ilha, militante do Partido Novo, de que Fernando Vasconcellos deveria sair da presidência da Fundação Afif Jorge Simões Filho na semana passada. O prazo indicado pela legislação é diferente daquele interpretado por Filipe, que além de empresário é advogado.

Largando o Rojão
O governador Eduardo Leite largou ontem o rojão do projeto que aumenta do ICMS em todos os produtos do Estado e viajará por 10 dias pela Europa. É aquela história de largar e sair correndo, para minimizar desgaste. A proposta é rejeitada por Fiergs, Farsul, Federasul e Fecomércio, federações que representam 100% das empresas do Estado, mas não só. No ano passado, Leite teve que recuar de proposta parecida, já que não tinha conseguido maioria assegurada para votar. Desta vez, o Governo do Estado oferece novos benefícios para deputados que queiram mudar de posição, inclusive com mudanças de peças do secretariado.

Segurando o Rojão
Vice bom, Gabriel Souza fica interinamente como governador do Estado e vai administrar a crise do projeto que aumenta o ICMS. Com a proposta, espera-se arrecadar mais R$ 3 bilhões por ano, dinheiro que sairá diretamente dos bolsos dos contribuintes, pobres e ricos, e aumentará a base de cálculo na futura reforma tributária, que considera as receitas médias de cada Estado nos últimos anos. Eduardo Leite vai pedir regime de urgência, para sangrar menos na crítica. Gabriel, como bom zagueiro, deverá chutar longe qualquer articulação da oposição que tente por azedar o angu do Governo.

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