Mobilidade urbana

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O Brasil ostenta o título de ser um dos Países de trânsito mais violento do mundo, no Recife por exemplo o trânsito deteriorou-se nas últimas décadas, os Administradores Públicos não investem em melhorias e a própria população parece que está acostumada com a má qualidade do serviço de transporte público. Os ônibus no Recife, viajam superlotados e os passageiros de pé no corredor, inclusive nos dias de maior temperatura. A maioria das cidades do Nordeste é assim, as autoridades não estão preocupadas com a qualidade de vida da população.
A legislação obriga os gestores públicos a colocar em prática os “Planos de Mobilidade Urbana” em todos os Municípios, porém, por falta de projetos encaminhados ao Governo Federal, os recursos para o financiamento da mobilidade urbana não chegam aos municípios. Assim ocorre também com a questão do saneamento básico e não adianta os nossos legisladores estabelecerem o chamado “marco temporal” de cumprimento da legislação, porque quando está prestes a vencer esses prazos, eles mesmos mudam de atitudes e revogam os limites legislativos. “Isto é uma vergonha”.
No nosso trânsito, o que já era muito ruim, ficou pior, pois dado ao momento grave de crise as pessoas optaram pela aquisição de motocicletas, incrementando um aumento de 30% de veículos em circulação no Brasil. Com esse aumento de motos em circulação, entre os meses de Março de 2020 e Julho de 2021, ocorreram mais de 308 mil internações de pessoas vítimas de acidentes de trânsito no Brasil, destes 54% eram motociclistas.
Mudar essa realidade exige comprometimento de toda a sociedade, mudanças de hábitos e de comportamentos para melhorar as relações e o respeito no trânsito. Também é necessário que o Poder Público invista em melhorias e tecnologias, como melhores aparelhos de radares, semáforos e câmeras de videomonitoramento em rodovias e áreas urbanas. Ex: Em São Paulo e outras cidades já existem os semáforos inteligentes através de sensores de aproximação, semelhante ao que ocorre em Londres.
A melhoria do transporte público com a integração entre setores privados e demais serviços de transportes de passageiros. Faixas exclusivas para ônibus e pontualidade de horários de circulação. Estímulo do uso de bicicletas, criação de ciclovias e “bicicletários” de estacionamentos, além disso, com construções de banheiros públicos e modelos mais acessíveis à população.
Outra ideia que vem pegando força, é adotar a política do pedágio urbano, principalmente nos grandes centros, como forma de redução do número de veículos em circulação nas grandes cidades. Cingapura desde 1975 cobra pedágio dos veículos para circular no centro e principais avenidas, com isso, as áreas centrais foram esvaziando-se e o trânsito ficou mais humanizado com melhor qualidade de vida para a população. Estas são as atribuições do plano de mobilidade urbana.

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